quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Precisarão os jogos bons de sequelas ?

É um tema discutido não só nos videojogos, mas também em filmes, livros, música, basicamente em quase todas as formas de entretenimento, no ponto de vista do consumidor que todos nós somos, se algo foi bom queremos mais, certo? Bem a resposta depende de cada um mas a maioria irão responder "venha ele, MAS só se tiver a qualidade do anterior ou mais", passemos aos exemplos.

Vou começar por a série Bioshock, o primeiro foi uma obra prima no que toca a originalidade, enredo, som, personagem,etc... (podem até encontrar a análise no blog), venceu muitos prémios , incluindo de jogo do ano, a sequela que teve o seu lançamento em 2010, não desiludiu, uma história diferente, personagens diferentes, mecânicas parecidas, um um novo modo multiplayer e mesmo cenário (Rapture, a cidade debaixo de água) e foi este que o não deixou ir mais longe, porquê, porque não teve aquele efeito surpresa do primeiro, o jogo foi um sucesso, Ken Levine (criador da série) percebeu que Rapture já tinha contado tudo e agora o suposto Bioshock 3 (Bioshock: Infine) onde desta vez o cenário é uma cidade no céu em plenos anos 20, terá o mesmo efeito do original, muito provavelmente mas só o tempo dirá.

Vamos à Activison, editora que recentemente não tem tido a melhor fama, houve problemas com os criadores da série Call of Duty, como consequência foram-se embora e estão actualmente a formar um novo estúdio chamado Respawn, e já que se fala neste assunto falemos sobre Call of Duty, umas das séries mais bem sucedidas de sempre,sai um todos os anos e todos os anos vende, mas será que a árvore vai continuar a dar frutos, mais uma vez só o tempo dirá e embora os últimos CoD tenham tido qualidade, o futuro é incerto. Não seria a primeira vez, veremos o caso da série Tony Hawk, vencedora e famosa na PS2, mas quando não havia mais por fazer e apareceu Skate da EA, a série desmoronou à situação que se encontra, Guitar Hero não está tão má como Tony Hawk mas já mostra há muito sinais de desfalecer, a série com o ultimo titulo (Guitar Hero: Warriors of Rock) inovou um pouco mas talvez não seja o suficiente. No entanto a Activision continua a lucrar com as vendas e até contratou o estúdio por detrás de Halo, a Bungie.

Um dos exemplos de sequelas bem feitas foi a evolução de Uncharted 1 para o 2, o primeiro em 2007 foi um excelente jogo e o segundo em 2009 subiu muito mais a fasquia sendo considerado um dos melhores não só do ano mas também da década, o recente anunciado Uncharted 3 tem agora uma enorme pressão, conseguirá fazer o mesmo salto tecnológico que o 2 fez do 1 ou não. É difícil mas acredito que a Naughty Dog consiga manter a qualidade da série. E se virmos com atenção jogos com mais tempo de produção (na maioria das vezes) sai um produto com mais qualidade e mais inovações que os antecessores do que outros que sairão de ano a ano , é quase óbvio.

Há muitos exemplos que podia falar mas o texto já vai grande e a ideia ficou e os exemplos.
No meu ponto de vista uma boa sequela é aquela que consegue renovar o conceito do original e oferecer o mesmo ou mais nível de entretenimento, normalmente isto consegue-se com esforço por parte duma equipa de produção e claro o tempo de desenvolvimento, se não tiver essa qualidade, qual será a graça. Por isso precisarão os bons jogos de sequelas ? Voltaremos ao inicio "venha ele, MAS só se tiver a qualidade do anterior ou mais".

Artigo de Opinião.

3 comentários:

Nuno Pias disse...

Felicito-te novamente por um grande artigo, passando ao assunto...penso seriamente ( e fiz umas pesquisas relacionadas com isso à algum tempo atrás) que quando se fez a adaptação de Uncharted 1 para o 2 houve um aumento de cerca 30% de rendimento, claro que é um excelente jogo...mas só demonstra o quão é importante aumentar o curso da história de qualquer tipo de jogo (especialmente nos FPS's).

Continua a postar!

Anónimo disse...

Ya. é como o FIFA é melhor que o pes pelo menos pra mim o pes deveria parar só um ano para ter cenas melhores :)

ass: andré

Rayluaza disse...

Amen, meu caro amigo. Amen!

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