quinta-feira, 28 de junho de 2012

First Person ... Killing ?

  Estava eu a ver um vídeo gameplay da passada E3 2012 dum FPS qualquer, até estava a gostar do que via, e assim do nada, comecei a pensar no panorama geral dos FPS, sem discussão um dos géneros com mais êxito no mercado, é só tomar o exemplo da série Call of Duty que nos últimos anos quebrou recordes de vendas a cada título lançado e a tendência vai para além de CoD, bastantes produtoras apostam em títulos de FPS, que por vezes parecem-nos diferentes, devido às variações de ambientes, enredos,etc.. com uma única mecânica em comum, matar inimigos.

  Não me tomem como não apreciador de FPS, sou até um grande apreciador do género, tanto que a maioria dos jogos da minha coleção são jogos de ação e gosto de umas boas horas num bom FPS online, mas por vezes, sinto que o género First Person (sim apenas First Person) tem tanto potencial para outros campos que não pegar numas armas e matar inimigos a torto e a direito, uma prova disto, Mirror’s Edge, um ambicioso jogo que tinha o parkour em primeira pessoa como premissa, embora até neste jogo tivéssemos que matar alguém a determinada altura.
 
 O que estou a tentar dizer, é que as produtoras deveriam ter mais um pouco sentido de experimentalismo, pegar no género First Person e aplicar a outra coisa que não matar inimigos. Sei que há jogos FP sem o objetivo de matar inimigos, mas estão escondidos e tem pouco apoio de editoras, porque verdade seja dita, não vêm lucro nesses projetos e faz sentido, porque até nos videojogos, há crise e por vezes não há espaço para apostar em projetos experimentais.

   Quando falo em tirar lucro e em experimentalismo, aparece a questão que grande parte dos jogadores apreciadores do género gostam dos FPS como eles estão, matar inimigos e outras coisas diferentes para variar. No caso dos modos multiplayer, existe uma certa satisfação, principalmente em modos competitivos, matar outros jogadores, quase que dá um pequeno “boost” ao seu orgulho, embora seja um jogo, mas isto já entra noutro assunto.

   De volta ao assunto… embora haja crise e um projeto com mau lucro, possa significar o fim de uma produtora, tenho a esperança que o apoio duma editora, o talento e trabalho árduo duma produtora consigam criar um “First Person qualquer coisa que não matar inimigos” atrativo aos olhos do consumidor. Isto é claro o meu ponto de vista acerca deste género e certamente haverá opiniões diferentes, estejam a vontade para comentar, contra-argumentar, o que for.

2 comentários:

Rayluaza disse...

Mirror's Edge, Portal, Amnesia (apesar de lidar com temas parecidos...), Minecraft, são jogos que acabam por vingar na Indústria por se oporem a isso mesmo. Hoje em dia todos os first person (diria quase até todos os multiplayer) são copias (em termos de género e de estilo) uns dos outros. Os jogos que referi têm sucesso porque nós, os próprios jogadores, conscientemente ou não, já estamos de certa forma fartos do género.

Mas também, lá está, o olhar das produtoras. Os FPS hoje em dia são populares não só pelo aspecto de matar (nomeadamente pelas razoes que apontaste) mas também pelo seu aspecto social (sendo um género predominante em online multiplayers) e também pela acessibilidade (hoje em dia apostar num FPS é um projecto com poucos riscos e dá também espaço para preocuparem-se mais com outros aspectos da produção sem ter que se preocuparem com motores de jogo e esquemas e td isso).

Como eu vejo, daqui a uns anos pouco se ouvirá de fps's, ou pelo menos não à escala de hoje em dia. Antigamente mal se ouvia do genero (pelo simples facto de que eram mais predominantes no PC). Os Platformers já passaram pelo mesmo. Agora os FPS levam um pouco além porque não só são do mesmo género, mas acabam também por lidar com os mesmos temas (guerra, crime, morte, etc...). É esperar para ver, mas os jogadores já começam a mostrar os seu desagrado e talvez isso faça mudar a perspectiva de muitas produtoras.

Excelente Artigo :D

Sloan disse...

Obrigado =D

Lá está os jogos que referiste são a prova do potencial do género...
E tal como todas as indústrias, a dos videojogos é controlada por números e maiorias.

Enviar um comentário