sábado, 15 de dezembro de 2012

Análise: Vanquish


Com a minha recente aquisição do PS Plus, tive a oportunidade de poder jogar Vanquish, da Platinum Games, conhecida por fazer o famoso Bayoneta. Este Vanquish é na sua descrição um shooter de ação frenética e fluída em terceira pessoa, vamos esmiuçar então a minha opinião!

  Quando comecei a jogar, não estava com muitas expetativas, já tinha jogado uma demo antes, até tinha gostado e achado interessante mas não o suficiente para me atrair, mas desta vez aventurei-me a ver o que saía do jogo.


 Produzido pelo mesmo homem que produziu Resident Evil 4, Shinji Mikami; A acção passa-se num futuro não muito breve, numa colónia espacial originalmente construída para satisfazer as necessidade do homem em arranjar um lugar para ser habitado, depois de uma Terra com 10 biliões de humanos, essa colónia sofre então uma invasão de um líder russo e este usa o poder da energia solar da colónia para lançar um ataque devastador à cidade de San Francisco. Como resposta do governo Americano, este envia os Marines para a colónia para a recuperar e acabar com a ameaça do líder Russo em destruir a cidade de New York nas próximas 8 horas após o ataque a San Francisco. Numa dessas equipas vai Sam Gideon, o protagonista, membro da DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency, que existe na realidade, fato curioso) com um fato especial, tipo exoesqueleto, que permite a Sam realizar manobras sobre-humanas e que é um fator base na jogabilidade do jogo. 

 Joga-se como um shooter normal, mas com a diferença que temos a capacidade de deslizar rapidamente pelo chão (dá muito jeito para escapar dos inimigos, numa situação apertada!), podemos também ativar aqueles momentos de câmara lenta (embora que limitado), este que também se ativa quando estamos em perigo de vida, para além do rolamento para os lados para evitar dano dos inimigos. O jogo possui também um sistema de cobertura que funciona na sua maioria. Isto em geral não é novidade, mas a maneira como Sam executa os movimentos e os momentos em câmara lenta, dá-nos uma sensação de "filme de ação" com estilo, o que dá mais gosto e variedade a uma fórmula que não é nova.

 O jogo desde pouco depois do inicio revela-se grande, embora numa estrutura linear, é na sua maior parte, um campo de batalha livre. Para complementar estas áreas enormes, há que destacar os mini-bosses, poderosas máquinas robóticas inteligentes, com um desejo insaciável de destruir tudo o que vai à frente, têm a sua dificuldade e parece algo às vezes impossível à primeira vista, mas com uma boa gestão dos movimentos é algo divertido, épico e satisfatório, quando eles vão abaixo! Claro que não podia deixar de falar dos bosses, que são ainda mais massivos e perigosos e requerem também o mesmo tipo de gestão em movimentos.


Outra coisa que me agradou na experiência da campanha foi o facto, da química, de bocas diretas "one-liners" provocatórias entre a personagem principal Sam Gideon e o líder do esquadrão Bravo que nos acompanha na aventura, Burns. São estas duas personagens, homens de voz grossa e de má atitude, que apesar de ser algo batido, torna-se divertido de ouvir e que mantém um tom engraçado e badass ao mesmo tempo. Esta química mantém-se nas cutscenes que servem bem para descansar depois de uns minutos de ação frenética, isto tudo num jogo que não se leva muito a sério e ainda bem. Pensem como sendo, um filme daqueles de ação, com aquele elemento comédia.

 Vanquish possui também um sistema de pontos, que serve de uma maneira para vermos as nossas stats, quantos inimigos matámos, quantos friendlies revivemos, etc. Recebemos um bónus de pontos quanto completamos determinada parte num tempo rápido e uma diminuição de pontos pelas vezes que morremos. As armas podem ser melhoradas consoantes as vossas preferências e há as tipicas, assault rifles, heavy assault rifles, rocket lauchers, entre outras mais futuristas.


O jogo demora umas 6 ou poucas mais horas a ser completado, é curto, mas é o tempo certo, mais tempo, poderia encher um pouco e esmorecer, e por isso tenha sido melhor manter esse tempo, as grandes cenas de ação, compensam. Para além da campanha, existe também 5 arenas baseadas nos 5 actos do jogo como rondas de sobrevivência para jogar algo mais para além da campanha. Tecnicamente, o jogo apresenta uma solidez notável, que apesar da sua ação frenética, não notei um único slowdown ou bugs. Os gráficos são razoáveis, mas o design é espectacular e o horizonte composto pela enorme colónia espacial do jogo é algo que dá vontade de parar e observar.


 Nos pontos negativos, posso referir o enredo um pouco cliché, as personagens também um pouco simples, e a durabilidade faz deste jogo, uma experiência curta, o que pode ser algo muito negativo se investirem muito dinheiro nele.

 Como podem presumir por esta análise, considero este jogo bem executado, tanto a nível técnico e como experiência, não é nenhuma pérola mas é uma campanha sólida e um jogo divertido. 

 Nota Final: 8 / 10

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