quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Análise: Batman: Arkham City


Em 2009, Batman: Arkham Asylum surpreendeu toda a gente com o seu jogo sólido e bem representado da série Batman e surpreendeu-me a mim também (vejam a análise). Desta vez encarei este jogo com altas expetativas, e a esperar ainda mais do que o primeiro. Arkham cresceu, agora já não estamos numa prisão, mas sim numa parte da cidade fictícia de Gotham, feita prisão, a Arkham City. 


Batman parte para lá para descobrir o misterioso "Protocol 10", preparado pelo excelente psiquiatra Hugo Strange. A história foi escrita mais uma vez por Paul Dini, o que quer dizer que foi escrita em boas mãos, e realmente nota-se um grande conhecimento deste universo; um bom exemplo está na quantidade de personagens, principalmente vilões que se encontram no jogo e como cada um está fielmente representado e colocado. 

 A mecânica da jogabilidade é muito semelhante a Arkham Asylum, aqui a aplicou-se a fórmula do "se está bom, não se toca", embora haja claro movimentos novos como takedowns duplos e deslizar por baixo de aréas pequenas. Nos gadjets utilizados por Batman é que se nota, uma maior variedade de engenhocas novas, como uma arma de atordoamento eléctrica, bombas de fumo, pequenas bombas que congelam inimigos e algumas outras, no fundo uma jogabilidade aperfeicoada e mais completa. Uma das maiores novidades é também o mundo aberto, sendo agora mais "sand-box" que o antecessor, e o mais importante é que este mundo não está vazio, existem literalmente centenas de referências espalhadas do universo de Batman, a maioria na forma de missões secundárias e nas advinhas do vilão The Riddler que voltam a aparecer nesta sequela. 

Uma coisa de notar é que as missões secundárias, não "enchem", fazem sim, um melhor uso do universo em si e também para descobrir um pouco a história das personagens em questão, nomeadamente dos vilões e saber um pouco mais através das histórias de Gotham. 
 Outro dos aspetos que mais me prendeu a aventura foi os vilões e a sua representação, tanto graficamente como em termos de voz, os atores, na sua maioria experientes neste universo, fizeram um excelente trabalho em captar a essência dos vilões, o diálogo é excelente e dá muito brilho ao jogo. Por exemplo, foram várias as vezes em que me ri, ao ouvir os comentários sadísticos de Joker, com voz de Mark Hammil. 

 Como em Arkham Asylum, existem também challenges, desafios isolados que se focam na habilidade do jogador em lutar ou na capacidade de ser furtivo e de eliminar guardas armados, funciona como um desafio bónus para aqueles que querem testas as suas capacidades ao máximo ou apenas lutar e aproveitar o excelente sistema de luta criado pela Rocksteady Studios. 

 Pontos negativos, mesmo quase nada a apontar. Pode por vezes existir uma certa desorientação para onde ir e o que fazer, mas pergunto-me se isto é um ponto negativo ou se os jogos de hoje em dia, habituam-nos mal ! 

 A Rocksteady Studios volta a não decepcionar e cria novamente um jogo sólido, ainda mais completo e variado que o antecessor, e não se enganem, este jogo não é só para fâs de Batman, é para fãs de um bom jogo imersivo de ação e aventura. E cuidado este é daqueles que roubam horas sem o jogador saber ! 


 Nota Final: 9.5 / 10

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