Estava eu a ver um vídeo gameplay da passada E3 2012 dum FPS qualquer, até estava a gostar do que via, e assim do nada, comecei a pensar no panorama geral dos FPS, sem discussão um dos géneros com mais êxito no mercado, é só tomar o exemplo da série Call of Duty que nos últimos anos quebrou recordes de vendas a cada título lançado e a tendência vai para além de CoD, bastantes produtoras apostam em títulos de FPS, que por vezes parecem-nos diferentes, devido às variações de ambientes, enredos,etc.. com uma única mecânica em comum, matar inimigos.

Não me tomem como não apreciador de FPS, sou até um grande apreciador do género, tanto que a maioria dos jogos da minha coleção são jogos de ação e gosto de umas boas horas num bom FPS online, mas por vezes, sinto que o género First Person (sim apenas First Person) tem tanto potencial para outros campos que não pegar numas armas e matar inimigos a torto e a direito, uma prova disto, Mirror’s Edge, um ambicioso jogo que tinha o parkour em primeira pessoa como premissa, embora até neste jogo tivéssemos que matar alguém a determinada altura.

O que estou a tentar dizer, é que as produtoras deveriam ter mais um pouco sentido de experimentalismo, pegar no género First Person e aplicar a outra coisa que não matar inimigos. Sei que há jogos FP sem o objetivo de matar inimigos, mas estão escondidos e tem pouco apoio de editoras, porque verdade seja dita, não vêm lucro nesses projetos e faz sentido, porque até nos videojogos, há crise e por vezes não há espaço para apostar em projetos experimentais.

Quando falo em tirar lucro e em experimentalismo, aparece a questão que grande parte dos jogadores apreciadores do género gostam dos FPS como eles estão, matar inimigos e outras coisas diferentes para variar. No caso dos modos multiplayer, existe uma certa satisfação, principalmente em modos competitivos, matar outros jogadores, quase que dá um pequeno “boost” ao seu orgulho, embora seja um jogo, mas isto já entra noutro assunto.

De volta ao assunto… embora haja crise e um projeto com mau lucro, possa significar o fim de uma produtora, tenho a esperança que o apoio duma editora, o talento e trabalho árduo duma produtora consigam criar um “First Person qualquer coisa que não matar inimigos” atrativo aos olhos do consumidor.
Isto é claro o meu ponto de vista acerca deste género e certamente haverá opiniões diferentes, estejam a vontade para comentar, contra-argumentar, o que for.